A diretora de Educação, Célia Paiola, esteve, na última segunda-feira (29/10), na Câmara Municipal esclarecendo os vereadores e a população presente sobre a aplicação dos recursos em seu Departamento e a qualidade do ensino nas escolas municipais. Apesar da Prefeitura de Mirassol enviar mensalmente balancetes à Câmara Municipal com informações de todos os gastos e a destinação de todos os recursos do Departamento de Educação e de todos os outros departamentos, assessorias e demais setores, Célia Paiola foi convocada para tirar dúvidas dos vereadores sobre o Departamento sob sua gestão. Ao iniciar a sua aula, a diretora lembrou que o presidente da Câmara é membro da comissão que estuda o Plano de Carreira dos Profissionais do Magistério, mas não compareceu em nenhuma das reuniões que foram realizadas desde 2017. Além de não participar dos encontros que discutem o futuro dos profissionais da Educação, Célia Paiola afirmou que o presidente do Legislativo e alguns dos vereadores não têm sido participativos em relação ao trabalho da Educação do município. Segundo ela, esta é uma questão que os coordenadores de creches e diretores de escolas têm cobrado bastante. A diretora também esclareceu sobre o projeto oferecido pelo município no período inverso ao das aulas nas escolas municipais. De acordo com Célia Paiola, a prioridade de atendimento dos alunos no projeto é para crianças que se encontram em alta vulnerabilidade social. Outro assunto abordado por Célia Paiola foi a disseminação de falsos comentários sobre o fechamento da Creche Aamacrim na Cohab 1 e que, inclusive, já havia sido objeto de questionamento do presidente da Câmara. A diretora perguntou a todos os vereadores se algum deles já havia visitado a Aamacrim. Diante do silêncio de todos os parlamentares, Célia Paiola pediu que eles deixassem de agir com leviandade e afirmou que nenhum dos 10 vereadores esteve na creche até aquele momento e lembrou que 2016 foi o último ano que um vereador visitou o local. A diretora esclareceu que o que está em estudo é a transferência das crianças para outro local porque o prédio está oferecendo riscos por apresentar rachaduras e outros problemas que tornam o local inseguro. E o mais importante é que o prédio não é da Prefeitura. Ainda falando sobre creches, a diretora disse que o Departamento melhorou a gestão das vagas disponíveis na rede. Na atual administração da Prefeitura, foi implantado o período parcial, o que ampliou a capacidade de atendimento contribuindo para que mais pais fossem beneficiados. O uso dos recursos no setor também foi explicado por Célia Paiola. Ela lembrou o presidente da Câmara e os demais vereadores que todos os gastos são públicos e estão à disposição de todos os vereadores. Os questionamentos do presidente do Legislativo sobre a aplicação dos recursos na área da Educação não deveriam ser motivos de dúvidas já que mensalmente ele recebe relatórios detalhados sobre a origem dos valores e como eles são gastos, sem contar que tais balancetes ficam disponíveis no site da Prefeitura. A diretora de Educação citou que recentemente foram criadas bibliotecas para todos as crianças da educação infantil. Isso vai contribuir para o desenvolvimento cognitivo dos das crianças. Outro dado fornecido por Célia Paiola foi sobre a utilização da verba que é enviada ao município por meio do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básico). Segundo a diretora, o recurso do Fundo tem sido utilizado rigorosamente conforme prevê a legislação. Célia Paiola também informou o presidente da Câmara que o município obteve 6.5 no Ibed de 2017, mostrando a evolução na qualidade do ensino municipal. O índice mostrou que Mirassol teve a melhor avaliação de todos os anos. A diretora afirmou que a atual administração é a que mais economizou em gastos com materiais escolares e mesmo assim não há falta de nenhum material em nenhuma escola da rede. Célia Paiola cobrou o presidente do Legislativo para que ele coloque os projetos da Educação e outras propostas em votação para não haja nenhum prejuízo ao município, pois os projetos que a Prefeitura tem enviado à Câmara ficam parados por no mínimo 35 dias aguardando a decisão do presidente para coloca-los em votação. Decisão que está prejudicando diversas áreas do município.
