A educação das escolas municipais de Mirassol atingiu, em 2017, as maiores notas da história da cidade no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Entre as sete unidades municipais de ensino, a que registrou o maior avanço foi a EMEFEI Lucia Medina Estrela Olivério, que obteve 6.6 de média. Em 2015, a escola havia atingido a média 5.4, portanto, no último levantamento houve uma evolução considerável. Diferentemente do que a Câmara Municipal tentou demonstrar em reportagem divulgada na semana passada, a evolução das escolas municipais reforça a competência e boa qualificação dos professores que atuam na rede municipal de ensino. O diretor da Lucia Medina, Rafael Soares Correa, afirma que o aumento nos indicadores teve como principal influência a mudança no trabalho de gestão da unidade. “A escola se organizou para mostrar para a comunidade que o ensino é bom. Trouxemos a comunidade para a escola. Os professores se envolveram e também tivemos o engajamento da comunidade escolar. O que melhorou foi a mudança da visão da escola para a comunidade, e consequentemente, isso refletiu na aprendizagem”, disse Correa. O Ideb calcula a qualidade da educação considerando as taxas de evasão escolar e as médias de desempenho na Prova Brasil, aplicada nos municípios na última etapa do ensino, ou seja, na 4ª série (5º ano) e no Saeb, realizado nos estados com alunos da 8ª série (9º ano) e 3ª série do ensino médio. Também compõem o Ideb informações sobre os números de aprovação do Censo Escolar. O índice é realizado a cada dois anos e divulgado pelo Ministério da Educação e pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). A EMEFEI Professor Wilson Paschoal saltou de 6.7 para 7.2 de 2015 para o ano passado. Segundo a diretora, Simone Amorim, um dos fatores que fizeram com que a unidade subisse na avaliação foi o estabelecimento de uma meta de que os alunos precisam estar alfabetizados até o 3º ano. Isso faz com que os estudantes cheguem ao último ano do Ensino Fundamental I mais preparados. “Começamos um trabalho voltado ao estímulo da leitura já na primeira etapa da Educação Infantil, com o reconhecimento das letras para que quando cheguem no 1º ano consigam aprender melhor. Não podemos pensar no ensino só olhando avaliações. É preciso entender a somatória dos resultados de todo um trabalho interno e externo à escola”, ressaltou Simone. A melhora na qualidade da educação municipal também foi influenciada pelos investimentos que estão sendo feitos pela Prefeitura como a valorização dos professores por meio de cursos de capacitação oferecidos a eles bem como a compra de equipamentos e livros. A EFEI EM Luis Carlos Matiel Pires cresceu de 6.3 em 2015 para 7.0 em 2017. A diretora, Josana Zanetti, frisa que o foco no trabalho pedagógico e comunitário foram os responsáveis pelo aumento do índice. “Além de trabalhar com metas, as novas propostas de ensino junto com o Departamento e a capacitação dos professores contribuíram para chegarmos neste índice”, disse Josana. Os diretores das escolas são unânimes em afirmar que a qualidade do ensino das escolas públicas municipais é demonstrada a cada dia não só pelos resultados do Ideb, mas também pelo desempenho da maioria dos alunos matriculados na rede. Entre 2015 e 2017, a EMEFEI Cândido Brasil Estrela avançou de 6.2 para 6.5. A diretora, Marister Pinhabel, revela que são feitos diagnósticos frequentes para acompanhar o aprendizado dos alunos. “Procuramos identificar as dificuldades de cada aluno e de cada série e vamos nos reorganizado para sanar essas dificuldades. Analisamos todos os indicadores e sempre buscamos novas maneiras de ensinar”, afirma Marister. Os números do Ibed apontaram um crescimento dos resultados nas escolas e mostraram que o ensino público municipal melhorou, conforme registro dos dados de 2017. A diretora da EMEFEI Professor Lauro Rocha, Lazara Patricia Pereira da Silva Esteves dos Santos, comemorou o fato de ter saído de 5.8 em 2015 para 6.3 em 2017. “Nosso trabalho pedagógico é bem elaborado e executado e temos professores responsáveis e bem comprometidos”, explicou Patricia. Além da evolução de cada escola, Mirassol atingiu a média de 6.5, pontuação maior do que o Ideb nacional que foi de 5.8 e praticamente empatado com o Ideb estadual que foi de 6.6. A EMEFEI Professor Darcy Amâncio também registou alta no Ideb. Enquanto em 2015 registrou 5.7, no ano passado foi para 6.1. A diretora, Rosana Borgardi, ressalta que o resultado do Ideb demonstra o trabalho bem feito pelos professores. “Temos estudos que são feitos com os professores e projetos desenvolvidos com os alunos, o que também ajuda no desempenho dos estudantes. A mudança já está sendo percebida nas salas de aula, mas é preciso que os pais entendam a importância do envolvimento deles na educação dos filhos”, frisou Rosana. Fatores como a evasão escolar e a retenção de alunos também são analisadas no Ideb e esses dois indicadores fizeram com que a EMEFEI Professora Bartyra de Aquino Noronha não avançasse, registrando 6.1 no ano passado. Em 2015, a escola havia atingido 6.4 de média. A diretora da escola, Gildete Lopes Vieira Martins, explica que não se pode analisar os índices isoladamente. “A aprendizagem do aluno é um conjunto de fatores, entre eles a participação dos pais na rotina escolar de seus filhos e a assiduidade. Há ainda a responsabilidades dos profissionais em detectar quando o aluno não está pronto para avançar para o ano seguinte. Tanto a evasão quanto a retenção nos anos de final de ciclo (3ºs e 5ºs anos) são fatores que têm correlação com o índice do IDEB”, disse Gildete. A melhoria na infraestrutura das escolas, como a cobertura da quadra da Cândido Brasil Estrela e outros investimentos na educação municipal deixaram o ambiente escolar melhor e mais atrativo para os alunos, fatores que contribuíram para o aumento do interesse dos estudantes e, consequentemente, refletiu nos bons resultados do Ideb. A diretora do Departamento de Educação, Célia Paiola, afirma que o ensino deve ser analisado em sua totalidade e não apenas levando em consideração um indicador isolado. “É preocupante quando nos deparamos com um equivocado discurso leviano e sem conhecimento do que é sairmos de um resultado de IDEB de 6.1 para 6.5. Não atingimos a meta projetada do MEC de 6.7, porém atingimos o melhor resultado alcançado até hoje no município de Mirassol”, ressaltou a diretora. Célia Paiola ainda disse que o município possui excelentes professores. “Parabéns professores que vem buscando a qualidade de Ensino no nosso município, independente da falta de respeito e de conhecimento de quem lidera a Câmara Municipal da nossa cidade, que teria que ser um dos primeiros a nos incentivar e parabenizar pelo número alcançado”, finalizou a diretora de Educação. É preciso ainda reconhecer o mérito dos alunos que foram avaliados pelo Ideb por meio da Prova Brasil e contribuíram para que Mirassol atingisse uma média histórica. Os pais dos nossos alunos também merecem o agradecimento da Prefeitura por participarem da rotina escolar dos filhos. É necessário salientar que é imprescindível que os pais continuem auxiliando os filhos no aprendizado para que os estudantes aumentem seus conhecimentos e atinjam índices cada vez melhores.